Por Ângelo Menezes

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Ubirajara de Holanda Cavalcante Júnior, o nosso Bira, e todo o significado de sua existência enquanto vivente; toda forma simples, feliz e leve com a qual nos ensinou a levar a vida, jamais há de ser resumido no espaço de uma, duas ou uma centena de folhas em branco.

 

Contudo se assim precisássemos fazer, por força de contar a sua história aos demais estudantes do glorioso curso de Direito da UFRN e membros da SOI, talvez devêssemos começar pontuando que para além de um grande entusiasta de um ensino jurídico mais humanizado, Bira, sobretudo, foi alguém que viveu (na acepção mais crua e bonita da palavra) o nosso curso.

 

Iniciou sua trajetória no campo das iniciativas do Curso de Direito da UFRN assumindo um papel de protagonismo enquanto Coordenador (e, posteriormente, Diretor) Acadêmico do Centro Acadêmico Amaro Cavalcanti (CAAC). Como era um estudante devoto a ideia de viver o curso na sua máxima intensidade, pode-se dizer que tinha um pouco dele em cada projeto de extensão: o Lições de Cidadania (hoje Motyrum), a Simulação de Tribunais Constitucionais (STC), a In Verbis e o Justiça Itinerante.

 

Em meio a essa trajetória, ainda quando a Simulação de Organizações Internacionais (SOI) dava os seus primeiros passos para fora da UFRN, no ano de 2005, participou como extensionista do projeto pela primeira vez. Nos anos seguintes, mais precisamente em 2006, 2007, 2008 e 2009 não somente viu o braço da SOI voltado para estudantes do Ensino Médio ganhar cada vez mais espaço, mas como participou ativamente desse processo de transformação. Seu trabalho como diretor assistente da Organização de Estados Americanos (OEA) e, posteriormente, três vezes como diretor acadêmico, são de valor inestimável para que o que a Mini SOI é hoje.

 

Ao longo da sua trajetória, encontrou na SOI e, mais precisamente, na SOIzinha (como ele carinhosamente chamava a MiniSOI) não só uma forma de viver com intensidade o curso, mas, como gostava de falar, encontrou uma forma de se apaixonar pela vida. 

 

“Não passem pelo curso de Direito, vivam-o e se apaixonem por ele.” sem dúvidas foi não somente a frase mais usada por Bira ao longo da sua graduação, mas, principalmente, o legado de amor ao curso, aos estudantes e à extensão.

 

A comenda Ubirajara de Holanda, portanto, não é apenas uma forma da SOI de manter viva a memória de alguém que para ela tanto se doou; é, sobretudo, uma forma de homenagear aqueles e aquelas que, assim como Bira, enxergavam e enxergam na nossa SOI um espaço onde através da extensão e de um ensino jurídico mais humanizado, podemos encontrar milhares de razões para continuar nos apaixonando pelo curso e pela vida.